Estreando uma nova viatura, cuja adaptação foi diminuta, o andamento registado nas nove provas especiais de classificação da prova de abertura do Campeonato da Madeira “Coral” de Ralis foi muito para além das expectativas. “Antes da prova começar tivemos alguns contratempos que esperávamos que viessem condicionar, significativamente a nossa prestação”, referiu Miguel Nunes.
Devido ao problema surgido com o motor do Peugeot 207 S2000 durante os primeiros testes a dupla da Tomiauto Competição entrou para o Rali da Camacha com o mínimo conhecimento da nova viatura uma vez que foram feitos muito poucos quilómetros de testes. Os dias imediatamente anteriores ao rali constituíram uma verdadeira corrida contra o tempo para colocar o carro em perfeitas condições, acrescentando um desgaste suplementar à equipa e uma grande preocupação para que nada mais falhasse. Segundo o piloto, e tendo em conta esta situação, “partimos para o rali com a consciência plena das nossas limitações e dificuldades para colocar o Peugeot 207 S2000 no ritmo apropriado”. A acrescer às dificuldades sentidas na preparação do rali a parte inicial da prova foi disputada debaixo de chuva, condicionando ainda mais a prestação da dupla face ao nulo conhecimento do comportamento do carro em piso molhado. Determinados a surpreender, tal como afirmaram antes do rali começar, piloto e navegador deram o seu melhor sendo patente que “o entrosamento entre ambos e com a viatura correu muito melhor do que estávamos à espera e já na segunda especial de classificação o tempo averbado deu-nos um grande ânimo e foi uma excelente recompensa por todo o esforço feito”, acrescentou Miguel Nunes. Na terceira classificativa a dupla não se livrou de apanhar um susto quando um pequeno erro provocou um “tête” fazendo-os perder 10 segundos na tentativa de colocar novamente a viatura em andamento e no sentido correcto da classificativa. A partir daqui Miguel Nunes/Victor Calado conseguiram um ritmo muito interessante mantendo-se os cronos sempre próximos do seu principal adversário, a experiente dupla campeã em título que nunca andou em ritmo de passeio e no final do rali a adaptação ao carro “já era muito melhor do que aquilo que se perspectivava para o primeiro rali da época e com a nova viatura e ter concluído o rali em apenas 38 segundos de diferença (menos de 0,5 segundos por Km) foi muito bom”. Quanto ao entrosamento com o navegador, Miguel Nunes refere que “não podia ser melhor, o Victor não teve qualquer dificuldade em adaptar-se ao ritmo do Peugeot 207 S2000 e demonstrou um profissionalismo incrível”. Tendo em atenção o balanço positivo deste primeiro rali e superadas grandemente as expectativas, Miguel Nunes antevê que no Rali do Porto Santo poderão “estar um pouco mais fortes, tendo agora mais tempo para fazer uma melhor preparação para chegar ao rali um pouco mais competitivos, continuando passo a passo a nossa evolução”. Também Victor Calado, o navegador, refere que “apesar de continuarmos a adaptação necessária ao carro e sua afinação, mantemos o compromisso de que, com muita humildade e com plena consciência do real valor da equipa adversária que reconhecemos ser a candidata ao título, com muita garra e ambição, vamos tentar surpreender já no próximo rali”. Por último Miguel Nunes e Victor Calado deixam um “agradecimento especial a toda a equipa que foi altamente profissional perante todas as adversidades que apareceram mesmo não tendo ainda conhecimento muito profundo deste carro, bem como à Peugeot Portugal, em especial ao Sr. Carlos Barros, por todo o apoio e carinho demonstrado com a nossa equipa, e ainda a todos os patrocinadores que nos ajudam a manter este projecto e a todos os familiares, amigos e demais apoiantes que estão sempre prontos a motivar-nos para enfrentarmos este difícil desafio, esperando pelos nossos apoiantes no Rali Porto Santo Line”.
Fonte:Press-Releasse Miguel Nunes/Victor Calado
